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Se Proteja da Conjuntivite Nesse Inverno

A chegada do inverno é notória por trazer não só as baixas temperaturas, mas também algumas doenças como gripe, irritação das vias respiratórias e o olho seco, que tratamos semana passada por aqui. Mas hoje vamos falar de outro vilão da estação: a conjuntivite. A doença se caracteriza pela inflamação da conjuntiva, que é uma membrana da parte interior da pálpebra e também que recobre o globo ocular. Essa inflamação pode ser causada, quando infecciosa, por um vírus, bactéria, protozoário ou fungo e não infecciosa quando é uma reação alérgica à certos produtos químicos.

Principais Sintomas

Olho inchado e lacrimejante

Olho vermelho

Visão borrada

Sensibilidade à luz

Secreção esbranquiçada ou amarelada

Tratamento

Por ter tipos diferentes de causas, o tratamento será diferente em cada caso e somente o oftalmologista pode indicar. O desconforto pode ser amenizado, em todos os casos, com compressas frias sobre as pálpebras, o uso do soro fisiológico gelado para aliviar a coceira e mantendo a área sempre limpa.

Prevenção e controle de contágio

A conjuntivite viral é facilmente transmitida, por isso é importante estar atento quando se está com a doença ou quando entrar em contato com uma pessoa afetada.

  • Mantenha as mãos sempre limpas: Lave com frequência ou faça o uso de álcool em gel se não tiver acesso imediato à água e sabão.
  • Evite encostar nos olhos afetados, e se encostar (também após aplicação de pomadas e colírios) lave as mãos imediatamente
  • Não coce os olhos para evitar que a irritação aumente
  • Não compartilhar toalhas de banho e rosto e faça a troca com maior frequência
  • Evite piscinas
  • Até terminar o tratamento não faça o uso de lentes de contato

Quando você estiver com a suspeita de que possa estar com conjuntivite, não hesite em entrar em contato com seu oftalmologista. Quanto mais cedo você começar o tratamento, mais fácil será de tratá-lo.

Fontes
https://www.einstein.br/noticias/noticia/conjuntivite-sob-controle
https://hospitaldeolhos.net/especialidades-hospital-de-olhos/especialidades-conjuntivite/

Saúde: Olho Seco

O Olho seco é comum durante as épocas de inverno, mas ele é também um problema crônico que afeta o dia-a-dia de muita gente. Ele pode ser fonte de muita frustração entre pacientes e médicos pois é uma condição complexa que tem causas que se misturam e se sobrepõe. As causas e efeitos diferem, de pessoa para pessoa, com casos até em que o paciente não tem sintoma algum.

Os sintomas mais comuns:

  • Visão embaçada
  • Ardor
  • Sensação de cisco nos olhos
  • Sensação de olho seco

O que causa o Olho Seco

O olho seco ocorre quando não é produzido lágrima o suficiente ou quando o nível da qualidade da lágrima está abaixo do necessário para manter a superfície do olho lubrificada. O olho seco pode ser um sintoma de outras condições de saúde também. Além disso, temos os fatores externos como baixo nível de umidade, poluição e estação do ano. Há também a possibilidade do olho seco ser um efeito colateral de algumas medicações como anticoncepcionais e anti-histamínicos. O prolongado uso de lentes de contato e computadores também podem piorar a condição.

Com tanta variáveis, é importante informar com clareza e detalhe a sua experiência para o oftalmologista caso apresente algum dos sintomas acima.

 

Qualidade de vida prejudicada

O Olho seco pode ser uma condição sem sintomas e parecer ser relativamente simples de lidar, porém, ao que revela uma pesquisa realizada pelo laboratório Shire, ele pode ter um impacto bastante negativo na vida de quem é afetado pela doença. Os resultados do pequeno estudo, entrevistando 1000 pessoas, mostra que existe uma percepção de uma menor qualidade de vida entre quem tem olho seco (comparado com pessoas que não possuem a condição). Tarefas diárias como se trocar e usar o computador são afetadas e isso pode gerar uma frustração enorme no paciente. O estudo apontou também um vínculo entre a condição e ansiedade e depressão.

Tratamento

O diagnóstico é relativamente fácil, mas por ser uma condição com muitas causas diferentes, o tratamento pode variar desde colírios até um transplante de glândulas, que são retiradas da boca para incentivar a produção de lágrima.

Pequenos cuidados como limpar e massagear a área dos olhos com shampoo de bebê no banho podem aliviar um pouco o incômodo nos casos mais simples.

Seu oftalmologista poderá dar as melhores informações para o seu tipo específico de condição, portanto não esqueça de fazer sua visita anual!

Fonte: Academia Americana de Oftalmologia

 https://www.aao.org/eye-health/news/dry-eye-can-affect-more-than-eye
https://saude.abril.com.br/medicina/sindrome-do-olho-seco-aflige-milhoes-de-brasileiros/

Como Funcionam os Óculos para Daltônicos

Semana passada nós postamos uma história na nossa página do facebook sobre a primeira  experiência de um rapaz daltônico ao usar um par de óculos que ajusta a percepção de cores, permitindo que ele visse as cores reais. Muitas pessoas são afetadas com essa condição, aproximadamente 2 milhões de casos diagnosticados por ano, então hoje iremos dedicar o post para explicar um pouco mais sobre o daltonismo e como esses óculos especiais funcionam.

Daltonismo

O Daltonismo é uma condição que interfere na percepção das cores, mais comumente afeta a distinção entre vermelhos e verdes. Existe ainda casos em que a doença afeta a percepção de azul e amarelo e, em casos raríssimos, os pacientes apresentam visão acromática, enxergando apenas tons de preto, branco e cinza.

Na grande maioria dos casos o daltonismo é genético, passado de pais para filhos. A rara exceção pode ser resultado de algum trauma nos órgãos da visão, tumores ou lesões na retina.

Para entender melhor como os óculos funcionam, primeiro precisamos explicar a condição do ponto de vista anatômico. Quando enxergamos, a retina, que fica na parte interna dos olhos, recebe a projeção de luz atravessada pelo cristalino, e responde aos estímulos luminosos transformando em impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro, através do nervo ótico. A retina tem duas células fotossensores: cones e bastonetes. Os cones são responsáveis pela percepção de cores e visão diurna, e podem ser de três tipos diferentes, cada um respondendo por ondas das cores azul, vermelha ou verde (e suas variantes). Os bastonetes não percebem cores, sendo, portanto, responsáveis pela visão noturna e de tons preto, branco e cinza.

O daltonismo acontece quando há uma alteração na pigmentação dos cones, que faz com que a visão percebida pelo cérebro não corresponda com a realidade. O tipo de alteração irá definir qual tipo de daltonismo que a pessoa desenvolverá:

1) Protanopia 

Diminuição ou ausência do pigmento vermelho, sensível às ondas de comprimento longo.

2) Deuteranopia

Ausência ou diminuição dos cones verdes sensíveis às ondas de comprimento médio.

3) Tritanopia – Ausência ou diminuição dos cones azuis, sensíveis às ondas de comprimento curto.

Dentro desses casos, existem ainda variações. Pessoas podem ter níveis diferentes de percepção, podendo ver algumas cores ainda como é o caso da Protanomalia e deuteranomalia, que tem capacidade parcial de perceber cores vermelho e verde respectivamente.

Como funcionam os óculos?

Os óculos possuem lentes que filtram certos tipos de ondas de luz, ajustando assim a captação de luz nos pontos em que existe sensibilidade de cor na retina, estabelecendo uma entrada maior de luz e consequentemente maior percepção de cor. Os óculos, porém, não funcionam 100% para todas as condições diferentes dentro do daltonismo. Eles apenas funcionarão, com melhores resultados, com pessoas que tenham Protanomalia ou deuteranomalia.

Os óculos podem ser uma experiência única para quem tem essa condição, mas não são necessários para que a pessoa tenha uma vida normal. Os vídeos, porém, são emocionantes! Confira:

Muito legal, né?